Cláudia Toledo, CEO da Elsevier, aponta quatro novos modelos de gestão de saúde global e analisa adaptação do Brasil à estas transformações
Melhorar o acesso à saúde é um assunto debatido e pendente no Brasil há muitos anos. Em 2020, esses problemas ficaram ainda mais em evidência, diante de todo o caos na saúde brasileira e mundial, onde todos precisaram se isolar e evitar o contato físico ao máximo. Diante disso, um assunto que estava se fazendo presente na área da saúde, pouco a pouco, foi acelerado e colocado como uma das prioridades em diversas corporações e gestões hospitalares: a telemedicina e os novos modelos de saúde.
De acordo com a CEO da Elsevier, Cláudia Toledo, a cooperação entre as empresas abrange estágios que vão desde cuidados preventivos e cuidados primários remotos, até o suporte a pacientes crônicos e idosos. “Nós, da Elsevier, queremos disponibilizar práticas e apps de saúde não apenas para pessoas saudáveis e pacientes que já se beneficiam deste novo modelo, mas também nos sistemas de saúde do Brasil em geral”, afirmou Cláudia.
Já com um olhar voltado para a gestão de saúde, essa área aliada à tecnologia possibilita que as organizações hospitalares usem as melhores práticas para construir programas escaláveis e lucrativos, que alavancam a combinação certa de pessoas e tecnologia. “Os desafios da área de saúde são enormes, mas trazendo para o contexto atual, tudo o que aconteceu em termos de aceleração em função da Covid-19, serão resultados que a maioria das gestões vão adotar daqui pra frente. Atualmente essa gestão é voltada para a equipe clínica que recomenda um tratamento para um paciente de acordo com o que é disponível, e esse foco é voltado para o sistema de saúde em questão de lucros e não no paciente, que é a maneira correta”, explicou a CEO da Elsevier.
O modelo atual de gestão de saúde é voltado para o recebimento por procedimento ou por serviço que é feito e não pela qualidade do resultado e eficiência. “O Brasil ainda é retrógrado nesse sistema, visto que o foco está no valor do serviço, quanto será cobrado pelo procedimento. No entanto, o segredo do desenvolvimento nesta área é voltar as atenções para o modelo que preza por uma maior qualidade e eficácia do tratamento. Os países que já adotaram esse modelo e que vão realizando os procedimentos de acordo com a evolução do paciente, com foco na cura e tratamento, se saíram muito melhor”, finalizou Cláudia.