Indústria 4.0 e Agro 4.0 são temas debate promovido pelo WTC São Paulo Business Club
Quando ouvimos falar de agricultura, ainda temos uma visão estereotipada do campo. Entretanto, sabemos que até mesmo as cidades do interior e o campo estão se modernizando. O setor de agricultura é um dos que faz altos investimentos em tecnologias e se tornou um dos segmentos mais conectado digitalmente. Esse movimento, anteriormente conhecido pela indústria como a Agricultura Digital, entra agora em uma fase que podemos chamar de Agricultura 4.0. No dia 02 de dezembro, o WTC São Paulo Business Club, em parceria com a Oracle, promoveu um encontro online que debateu sobre essa revolução tecnológica no agronegócio e também nas indústrias.
No evento, estiveram presentes a chefe geral da Embrapa, Silvia Massruhá, o head de agrobusiness da Oracle, Leandro Vieira, o head de TI da Bom Futuro, Alexandre Carvalho, e CEO e fundador da Aquarela, Marcos Santos. Para Leandro Vieira, a chamada “Era 4.0” se tornou uma tendência porque vai além da transformação digital e possibilita um novo olhar para os modelos de negócios, para os ecossistemas e para a relação entre empresa e sociedade. O head de agrobusiness da Oracle acredita que adaptar os negócios ao mundo digital é o ponto chave para o aumento da produtividade, escalabilidade e rentabilidade nas empresas. “As novas tecnologias vieram para facilitar todos os segmentos, inclusive o agronegócio. O Agro 4.0 faz parte da Indústria 4.0, contando com os recursos e ferramentas digitais que otimizam os processos. Essas ferramentas geram aumento de produtividade e de bons resultados em níveis absurdamente altos quando comparamos com os métodos utilizados anteriormente. Auxiliam na nutrição dos animais, na vacinação e em produtos para plantio, por exemplo. Com isso, conseguimos produzir maior quantidade de alimentos de forma responsável e eficiente”, explicou.
Hoje, as plantações de milhões de hectares podem ser monitoradas por meio de smartphones, tablets e computadores, criando assim uma nova geração de agricultores, ávidos por tecnologias capazes de rentabilizar cada vez mais seus negócios. A Agricultura 4.0 chega ao mercado como uma consequência da necessidade natural de geração de negócio no campo e já mostra resultados positivos por meio do uso de tecnologias que possibilitam inúmeras atividades, além de acompanhar em tempo real tudo o que acontece em sua plantação. Entretanto, mesmo com todos esses benefícios, ainda existem produtores que são resistentes aos novos métodos. “É possível encontrar produtores resistentes a esse modo de produção, muitas vezes por desconhecerem as vantagens e a simplicidade de gestão que esses novos modelos propiciam. Para se ter uma ideia, o mercado já oferece aplicativos de controle de plantação, maquinário automatizado, sistemas de gestão de insumos, entre outras ferramentas tecnológicas que buscam dar um caráter cada vez mais sólido ao agronegócio. Uma vez conectado e com um tablet ou smartphone em mãos, é possível ter uma visão digital geral e acompanhar todas as alterações e previsões para cada hectare. Esses novos sistemas chegam para modernizar, simplificar e otimizar a vida do produtor, que com uma tecnologia inovadora pode usufruir de um mapeamento completo da área de plantio para analisar condições prejudiciais ao futuro da sua safra e gerar dados de produtividade agrícola”, disse Vieira.
Por isso, a chefe geral da Embrapa, Silvia Massruhá, o head de TI da Bom Futuro, Alexandre Carvalho e o CEO e fundador da Aquarela, Marcos Santos, ressaltaram a importância de conhecer os novos métodos aliados à tecnologia e seus benefícios, para alcançar maior sucesso nos negócios. “As ferramentas que a inovação digital trouxeram possibilitam ter uma visão ampla e detalhada da sua produção, fazer comparativos de rendimentos, otimizar os processos, entre outras vantagens. É importante que os produtores não resistam aos novos métodos, pois são atividades que ficam mais acessíveis e participam mais das tomadas de decisões estratégicas que geram resultados melhores. Tudo em tempo real, de qualquer cultura e em qualquer lugar, sem a necessidade de estar fisicamente na sua propriedade. E a tendência é inovar cada vez mais”, declarou Alexandre Carvalho.